Americano invade ilha proibida e oferece coca-cola para tribo mais isolada do mundo

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Indígenas na Ilha Sentinela do Norte, no Índico: agressivos com visitantes
Sentineleses tentam afugentar forasteiros 
 Foto: Reprodução/Instagram
Mykhailo Viktorovych Polyakov é influencer de viagens — Foto: Reprodução
Mykhailo Viktorovych Polyakov é influencer de viagens
Foto: Reprodução

Um episódio de imprudência e desrespeito à preservação cultural chocou o mundo nesta semana: Mykhailo Viktorovych Polyakov, um influenciador digital de origem ucraniana, foi preso após invadir a Ilha Sentinela do Norte, território considerado um dos mais protegidos do planeta, lar da tribo Sentinelesa. Localizada no arquipélago indiano de Andaman e Nicobar, a ilha é habitada por uma comunidade indígena que vive isolada há mais de 60 mil anos, rejeitando qualquer tipo de contato com a civilização moderna. Polyakov, de 24 anos, ignorou leis rígidas da Índia, navegou cerca de 40 quilômetros em uma embarcação improvisada e desembarcou na ilha com cocos e uma lata de Coca-Cola, que deixou como uma “oferenda” à tribo, provavelmente numa tentativa de viralizar nas redes sociais. A atitude, além de irresponsável, colocou em risco tanto sua própria vida quanto a saúde dos indígenas, que não possuem imunidade contra doenças externas. As autoridades indianas afirmaram que estão investigando os verdadeiros motivos da invasão e buscando mais detalhes sobre o itinerário do influencer desde que ele chegou a Port Blair, capital das ilhas, no fim de março.

O caso trouxe à tona memórias trágicas, como a do missionário John Allen Chau, morto pelos Sentineleses em 2018 ao tentar evangelizá-los. Mesmo após ser expulso duas vezes, Chau retornou à ilha e teria sido morto por membros da tribo, que arrastaram seu corpo pela praia e o enterraram. Na ocasião, o governo indiano reafirmou que os Sentineleses são inimputáveis por lei e que a região é uma reserva integral, onde a entrada de qualquer pessoa não autorizada é considerada crime. A tentativa de Polyakov, portanto, reacende o debate sobre limites éticos nas redes sociais, turismo invasivo e a importância de respeitar culturas originárias que optaram pelo isolamento. Apesar de o americano não ter sido atacado, como em casos anteriores, o episódio reforça a imagem dos Sentineleses como uma das tribos mais perigosas e protegidas do mundo, justamente por sua política de rechaço absoluto à influência externa. A polícia indiana continuará com interrogatórios para avaliar se houve envolvimento de outras pessoas ou redes de apoio logístico na realização da travessia. Até o momento, não há confirmação se os indígenas chegaram a interagir com os objetos deixados por ele.


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